Marabá, 27 de novembro de 2024

Jesus Cristo, a luz do mundo.

12 de maio de 2020   .    Notícias da Diocese

No evangelho (Jo 12, 44-50) Jesus Cristo afirma que veio ao mundo como luz (Phós, Lux). Mas esta luz deve ser aceita nos corações das pessoas e dos povos. Jesus é a luz do mundo, única capaz de conduzir à vida. Ela brilha por si só, dissipando todas as trevas do mundo, da realidade humana no pecado e na morte. É preciso acreditar nela. Vamos seguir esta luz verdadeira, forte, de fé, de esperança e de caridade. É a luz que jamais se apaga mesmo diante do cenário de morte, de criticas, de perseguições. Ela brilha para todos porque é Jesus Cristo. Vive nos corações das pessoas. É divina, vem de Deus. Quem crê em Jesus Cristo, como luz do mundo, crê Naquele que o enviou. Quem vê o Filho, vê Aquele que o enviou. Não há como separar o Filho e o Pai, porque a ação do Filho é a ação do Pai. Se estivermos decididos a estar com o Filho, estamos decididos a estar com o Pai. Estas coisas colocam a realidade da pessoa de Jesus Cristo, que veio ao mundo para revelar a face do Pai, para falar as coisas do Pai, para dizer que nós não estamos sozinhos, mesmo neste tempo de Pandemia, de dificuldades, mas Deus está ai, nos confortando, animando na caminhada. A sua luz nos indica a vida familiar, comunitária e social. Somos chamados amar a família, amar a comunidade e tornar a sociedade mais humana e fraterna, com a graça de Deus, a luz que é Jesus Cristo.

            É preciso ouvir as palavras de Jesus Cristo, observá-las com alegria e com amor. São palavras de vida eterna. Ele não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo. A missão de Jesus é a salvação. A palavra de Jesus é clara no sentido, de quem o rejeita e não aceita as suas palavras, já tem o seu juiz, a palavra que ele falou o julgará no último dia. É a palavra de Jesus que julgará as pessoas, pela aceitação ou pela recusa do Senhor Jesus Cristo em suas vidas. Devemos aceitar a palavra de Jesus Cristo, porque ela é também julgadora à vida eterna da pessoa ou à sua condenação. Jesus diz que quem ouvir as suas palavras e as põe em prática é alguém que faz a construção de uma casa sobre a rocha, é firme diante dos perigos, das dificuldades, das violências; a casa não cai, porque ela está construída sobre a rocha que é Jesus Cristo.

            Outro ponto importante do evangelho de João é a palavra do Filho que não é só dele, mas é do Pai que o enviou. Ele é quem ordenou ao Filho o que se deveria dizer e falar. Assim quem vê o Filho, vê o Pai que o enviou neste mundo. É impossível a separação do Filho com o Pai e do Pai para com o Filho na unidade do Espírito Santo. Jesus tinha consciência que o fato de ser enviado do Pai, é também fazer as coisas do Pai, dizer as coisas em nome dele. O seu mandamento é a vida eterna, da vida que não passa, na qual Deus Uno e Trino nos quer dar, pelo bem, a paz, o amor que nós somos chamados a viver neste mundo para com o próximo e para com todos.

Jesus reforça de novo o fato que Ele diz as coisas do Pai: Tudo Ele faz conforme o Pai lhe falou. As palavras do Filho são as palavras do Pai. Não existe caminho que chegue ao Pai, que não passe pelo Filho, na qual Jesus realiza as obras do Pai. É claríssima a idéia e a prática que o que diz Jesus Cristo, o diz conforme o Pai lhe falou. Diante de Jesus decidimos a nossa vida ou está a seu favor, assumindo as suas palavras e o testemunho de vida, lutando pelo bem, pela justiça e pelo amor a Deus, ao próximo como a si mesmo, ou não estamos com Ele, e por isso de condenação eterna. Decididos a estar com o Filho e com a sua Igreja, decidimos a vida eterna, porque o mandamento do Pai é a vida eterna para todos os seus filhos e as suas filhas.

            Como é imprescindível seguir a luz que é Jesus Cristo, porque quem o vê, vê o Pai. A realidade é que também nós vemos o Pai no Filho. Penetramos o mistério de Deus Pai pelo Filho e o mistério de Deus Filho é dado pelo Pai, porque as coisas que Ele diz, estão em conformidade com o Pai que lhe diz e fala. Tudo é visto na unidade do Espírito Santo.

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA

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